quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Fotografia de Yolanda Poirey - 01/11/2007 Paralela


"Salvador tem uma população de 5 mil ciclistas. Desses, 1.500 utilizam a magrela como veículo de transporte para o trabalho.
A Paralela tem uma extensão de 13 km, e apenas uma pequena ciclovia localizada nas proximidades do monumento de Luís Eduardo Magalhães. Tais dados demonstram quão inacessível é o transporte para aqueles que precisam da bicicleta para se locomover. Em uma pesquisa feita pela nossa equipe no dia 1º de Novembro, pudemos constatar que a maioria absoluta dos ciclistas da Avenida Paralela são pessoas de baixa renda que aproveitam o veículo para economizar nas despesas com transporte e tempo. Muitos moram próximos ao trabalho e garantem que as vantagens do uso da bicicleta superam os problemas enfrentados. Problemas que, por sinal, não são poucos.
Segundo dados do Jornal A Tarde, de janeiro a setembro desse ano, foram registrados 250 acidentes com bicicletas em Salvador, com onze mortes. Esse número já superou os registros do ano passado - 232 acidentes, sendo sete fatais. Isso demonstra como a cidade não está preparada para dar o suporte necessário àqueles que precisam da bicicleta não apenas como lazer, mas como meio de transporte.
Entre as reclamações mais freqüentes ouvidas pela nossa equipe, estavam a falta de estrutura da Avenida e o desrespeito dos motoristas, especialmente de ônibus. Segundo Édson Santos, catador e usuário da bicicleta como meio de transporte a 6 anos, o mais importante seria conscientizar os motoristas do cuidado que se deve ter com os ciclistas. Édson, conta que utiliza a bicicleta para tudo, inclusive para transportar a família para visitas médicas, escola etc. Ele diz ainda que com isso é grande a economia com o transporte, “além de fazer exercício”, brinca. "
Clara Correia / Thais Pina / Yolanda Poirey

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